Se você chegou até esse post, parabéns, você é uma pessoa em dez que se preocupa com sua equipe e busca formas dinâmicas e interativas para aumentar engajamento, cooperação e resultados! Quero te ajudar a entender o motivo pelo qual, apenas fazer happy hour, pagar um almoço ou aumentar salários não ajudam seus funcionários a trazem maiores resultdos.

Antes de tudo, é preciso entender que o ser humano é egoísta por natureza. O Ego é uma ferramenta de proteção de identidade. Nossas ações estão sempre vinculadas ao proteger o que é nosso, garantir a segurança e a manutenção da vida, e ao crescer, prevalecer e expandir. São dois polos opostos e complementares ao mesmo tempo. Veja que nós, como humanos, somos os únicos animais na terra que focamos em expansão graças ao nosso neocortex que foi desenvolvido entre 80.000 e 100.000 anos atrás. Os outros animais só vivem e sobrevivem com o que está disponível para eles. E nós queremos mais e mais!

Porém, nessa brincadeira do querer mais a gente busca parceiros e alianças para que isso aconteça. Já se foi a época em que era possível crescer sozinho, hoje precisamos uns dos outros, trabalhando em cooperação e harmonia, para alavancar nossas vidas, carreiras, finanças, relacionamentos e empresas. Faz sentido para você?

Atraindo e Retendo os Melhores

Após anos de trabalho desenvolvendo pessoas, líderes e empresários, ficou muito nítido para mim que o recurso humano se estabelece em um local por algumas razões, e nenhuma delas é salário. O que eu vou colocar aqui para você, eu te convido a refletir sobre você mesmo em primeiro lugar e entender qual você mais se identifica.

Capacidade de Crescimento – Como eu disse lá em cima, um local que te desafia, que te posiciona para desenvolver suas habilidades e pontos fortes, faz com que você queira se manter nesse fluxo de crescimento, não é mesmo?

Relacionamentos e Conexões – Temos como necessidade básica nos comunicar e pertencer à grupos. Quando fazemos parte de um grupo, sabemos nosso papel, nossa responsabilidade e nossa missão com aquele grupo, escolhemos nos fixar nesse grupo e crescer com ele. As pessoas se unem pelo propósito comum. Além disso, conexões verdadeiras e sinceras trazem um vínculo maior que aumenta a dificuldade de rompimento do laço entre pessoas e entre pessoa e projeto.

A gente só tá pincelando aqui, ok? Porque os tópicos são bem profundos.

Realização e Propósito – Como a empresa tem como papel servir os sócios na concretização de suas missões pessoais, como tem o papel de servir os clientes em suas necessidades, a empresa também tem o papel de servir ao propósito de carreira e crescimento de seus funcionários. Acredito que o funcionário deva receber mais atenção que o cliente, inclusive, pois ele que cuida do atendimento, da captação e da operação com o cliente. Se o funcionário não tá feliz e realizado, isso tem um impacto expressivo no seu faturamento. Por isso, busque aí na internet (ou fale com a gente) sobre uma nova profissão que se chama Gerente de Felicidade, que é o responsável pela felicidade dos funcionários.

Valorização e Meritocracia – Nós amamos quando somos elogiados em público. Quem a gente infla? O Ego! rs… Isso não tem certo e errado, bom ou ruim. É apenas fato. E ter sua opinião valorizada e seus esforços reconhecidos é um fator que acolhe e une pessoas. Quando todos se valorizam, quando todos se reconhecem, o vínculo fica maior!

Autoconhecimento – Essa é uma parte que eu particularmente adoro, pois quanto mais nos conhecemos, mais nos potencializamos e mais sabemos o que devemos fazer. Dar a oportunidade do seu funcionário entender quem ele é e as razões pelas quais seu perfil, sua identidade e seus valores estão congruentes com a sua empresa é a cereja do bolo. Quando você apresenta para seu funcionário que determinada posição é perfeita para ele, e ele se reconhece nessa posição. Ele automaticamente aumenta seus resultados, seu comprometimento e se coeficiente de engajamento.

Percebeu que eu não falei de dinheiro, salário e benefícios? Porém, há sim, a possibilidade de uma pessoa ir para outra empresa caso o salário seja muito mais alto. Também é possível que vá para outra empresa se algum desses itens acima esteja enfraquecido ou a outra empresa apresente esses elos mais fortes. Ok?

Como jogos podem me ajudar?

Eu poderia trazer diversos temas chatos, planilhas e testes que ajudariam, mas no mundo atual, queremos dinamismo. Esses dias acompanhei um colega preenchendo um teste de 40 minutos para uma vaga de emprego. 40 MINUTOS! Que é bem provável que o recrutador não terá nem ideia do potencial que ele tem.

Então como criar uma equipe sólida, engajada e em constante crescimento com jogos?

Existem dois tipos de jogos. Os Serious Games e os Fun Games. Os Serious Games são jogos elaborados para que haja um determinado aprendizado, cada elemento é cuidadosamente selecionado e validado para que o jogador tenha o insight que ele precisa ter. Os Fun Games já estão focados no entretenimento e no engajamento, seus elementos são pensados para que a pessoa queira jogar novamente.

Então, você pode escolher alguns tipos de jogos como o Story Cubes, que é um jogo de contar histórias e desenvolver a criatividade com seus colaborades, é um Fun Game que pode ser educativo. Nesse jogo, por exemplo, uma pessoa conta a história e os outros escutam, ou cada um conta uma parte da história e a imaginação rola solta. Olha que interessante que em um jogo podemos trabalhar escuta ativa, conexão, criatividade e imaginação, não é mesmo?

Em um jogo como Zombicide, um jogo um pouco mais elaborado, podemos trabalhar a cooperação, pois todos precisam sobreviver a horda de zumbis. Esse jogo é sucesso, inclusive, com os jovens em escolas!

E numa partida de RPG, por exemplo, podemos trabalhar criatividade, interação, desenvolvimento de comunicação, interpretação, liderança, capacidade de tomar decisões, frustração, relação ação e consequência e diversas outras habilidades, esse é um jogo mais complexo, que todos acabam amando e nunca querem parar. Desenvolver esse projeto para equipes é bem gratificante.

Faz sentido para você, esses exemplos?

E aí? Quais são as 3 razões para você usar jogos com sua equipe?

COOPERAÇÃO

Jogos tem um perfil competitivo, porém há um lado cooperativo também. Dependendo do jogo que escolher esse atributo será mais acentuado. Para nós aqui na Nuckturp, cooperação é fator fundamental e faz parte do nosso código de conduta, porém só escrever no papel, não funciona. Para que o dia-a-dia role, exploramos isso em jogos! São jogos de RPG e de Tabuleiro que enriquecem a nossa perspectiva.

Durante o jogo cria-se um link entre as pessoas que se estende para além da mesa de jogo. As pessoa levam o aprendizado para fora e se unem para realizar um a missão do outro.

A condução do jogo é fundamental para fortalecer esse aprendizado e a conexão entre os participantes. Isso também ajuda a esclarecer papel de líder e liderado.

SER ESCUTADO

Uma das necessidades básicas do ser humano. Ser escutado e com atenção. Saber que o outro escuta e compreende o que ele fala, e ter sua opinião validada, mesmo que seja totalmente diferente ou estranha. rs… Como alguns jogos são em turnos, há a possibilidade daquela pessoa mais quieta falar e se expressar, começando a trazer confiança e elevando a auto-estima, para que essa pessoa apresente novos tipos de resultados.

Seu papel como líder é cuidar para que todos sejam escutados nas reuniões, nos feedbacks e no dia-a-dia, porém os jogos ressaltam e trazem muitas verdades à tona.

Há uma frase do T. Harv Eker que percebo claramente no meu comportamento e no das pessoas com quem eu convivo:

Como você faz uma coisa, você faz todas!

E é por isso que o mundo lúdico dos jogos ajuda a gente a ter percepções sobre a ação dos nossos funcionários sob pressão, por exemplo.

CONEXÃO E RELACIONAMENTOS

Rir para mim é uma ferramenta de conexão. Entramos em um jogo, começamos a nos divertir e as risadas que são liberadas, além de reduzir o estresse a tensão do dia, ajudam a solidificar laços de amizade. Quando pessoas começam a jogar juntas, elas elevam o nível empático entre elas, pois estão atravessando uma missão juntas. E sabe que isso funciona para jogos competitivos também? A competição sadia é uma ferramenta excelente de conexão e de relacionamento. Tudo depende do que está sendo avaliado e valorizado naquele momento.

Você concorda com esses itens acima?

Como diz um dos meus mentores, Blair Singer:

Não são os melhores jogadores que vencem a partida, mas a equipe que trabalha unida.

Recomendação de livro aqui: Equipes Ricas e Vencedoras do Blair Singer.

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Nos vemos nos próximos posts.