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Como envolver os jogadores da sua mesa de RPG

Como é bom começar um projeto com uma entrevista de sucesso logo de cara! Convidamos para discutir com a gente o Pedro Nassif, mestre, world builder e criador de aventuras, e o Álec Oper, criador do Clube do RPG, mestre há 14 anos e grande incentivador das jogadas de RPG.

Assista a entrevista ou pegue os insights logo abaixo. Recomendamos assistir, pois está MUITO da hora essa entrevista. Bora lá?

Além da diversão que você já deve ter visto no vídeo. Resolvemos separar cinco ideias que vieram da conversa para você, são os cinco tesouros desse vídeo.

5 insights do vídeo para envolver os jogadores da sua mesa de RPG

Escute seus jogadores e entenda o que eles querem.

Como mestre você é o líder da diversão. As vezes a gente esquece disso. É nossa responsabilidade entregar o que os jogadores estão buscando: o tipo de aventura, o ambiente, o estilo de jogo e assim por diante.

É óbvio que os jogadores só aceitarão participar de mesas que eles também gostem do tema, por exemplo, não adianta chamar a garota que tem medo de terror e não gosta da pegada mais sombria para jogar Call of Cthulhu.

Porém, independente do sistema que escolhe. Escutar os jogadores, mas escutar para entender mesmo, é fundamental para amplificar a qualidade do jogo e da imersão de todos. Para não perder, igual falado no vídeo, a atenção do jogador para outras coisas como vídeo-game e whatsapp.

Não é ele que é displicente, você como líder que tem que deixar as coisas mais interessantes para ele.

Pré-jogo e Ambientação.

A melhor maneira de garantir o envolvimento de todos é usar o pré-jogo e o intervalo entre sessões para deixar os outros jogadores ansiosos, curiosos e intrigados pelo que virá. Inclusive antecipação é uma grande ferramenta de vendas, então use e abuse da curiosidade do ser humano.

O que você pode fazer?

Crie entregáveis (handouts) para a galera, comece a pincelar o ambiente, as condições e o tempo. Faça-os começarem a interpretar seus personagens nas mensagens. Crie com eles os personagens e aprofunde na Lore.

Seu desafio é deixá-los envolvidos no off. Se isso acontecer o on será imersivo total!

Crie algo que você se identifica!

Crie uma aventura que você gostaria de jogar.

Como faz para a gente ficar animadão e inspirado? Fazendo algo que a gente gosta, não é mesmo? Então crie aquela aventura que envolve os temas que gosta, que une tramas, combate e explorações que te deixa com vontade de aprofundar cada vez mais. É a história que entra na história da história daquele personagem x. Se divirta criando a Lore dos NPCs, do mundo, do tempo e do ambiente, e assim vai!

Ahn! Aqui é legal que os jogadores também criem personagens que os empolguem. Na criação você pode ajudá-los, principalmente se forem iniciantes. Ligue o sexto sentido para perceber se estão realmente empolgados com aquele personagem e, se necessário, abra a mão das regras para que ele curta a história.

Traga aquilo que você ama para a mesa.

Para você se divertir e agregar muito na mesa, traga sua experiência de vida para a mesa. Por exemplo, você é um biólogo que tem várias informações sobre plantas e animais, você consegue descrever os animais com maior acuracidade, falando de seus movimentos, cheiros e comportamentos. Talvez você seja um médico e pode descrever com precisão o que acontece com o corpo de um jogador que tomou uma adagada na barriga, descrevendo até o órgão que quase sofreu o dano.

Todo o conhecimento e experiência que teve na sua vida é fonte de poder para você. Use e abuse ao criar as aventuras!

Margreve Tavern por Will O'brien
Todos os direitos da imagem reservados ao artista Will O’brien.

Conheça o sistema que está mestrando.

Isso não é o básico? Não. Tem gente que começa a mestrar pela curiosidade e não há nada de errado nisso. O que ficou de insight é que o básico é essencial tanto para o mestre saber o que ele está fazendo, como para ensinar os jogadores. Tem jogador que também não lê as regras e fica perdidão, aí o jogo fica lento e lentidão é igual a tédio!

Mesa tediosa é igual a mesa que vai ruir!

Sua responsabilidade é gerenciar as emoções das pessoas e cuidar da velocidade do jogo. Quanto mais dinâmico, mais rápido e maior a interpretação, mais envolvente e memorável será o seu jogo.

Se conectou com esses insights? Deixe a gente saber nos comentários! E se tiver alguma dúvida, também coloca lá, pois pode virar conteúdo para futuros posts.