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Cyberpunk 2077: Phantom Liberty DLC vale a pena?

Com 4 finais, mudanças na jogabilidade e uma promissora continuação, será que Cyberpunk 2077: Phantom Liberty vale a pena? Após zerar o DLC eu vou te contar as novidades e porque ele é um 9 de 10, não um “deizão” completo!

Após fechar Cyberpunk 2077 4 vezes (2 no PS4 e 2 no PC usando GeForce Now), sendo que a 4ª eu quis fazer todos os finais possíveis. Eu abraço o novo DLC de Cyberpunk 2077 e questiono, será que poderia ser melhor? Com essas “mudanças” que falaram, dá para ficar ainda mais legal? E a resposta é um grande Sim!

Eu, lá atrás, não entrei na vibe dos erros, glitchs e problemas técnicos. Eu entrei na história do meu cenário favorito, Cyberpunk, um grande presente de Mike Pondsmith para a sociedade.

Porém, será que CD Projekt RED acertou em Phantom Liberty? Vamos descobrir!

História [ Sem Spoilers ]

Se ainda não assistiu o trailer, antes de mais nada, assista.

Agora que estamos na mesma página e você já sabe um pouco do conteúdo de Cyberpunk 2077: Phantom Liberty, deixa eu te contar. A história começa suspeita, porém de verdade, após um tempo sem jogar você até se desconecta. Porém, ela começa a ganhar uma nova forma ao entrar em Dogtown! Um novo ambiente escondido no mapa de Night City, um bairro tão complexo quanto a grande cidade e que traz mais verticalidade.

A história faz uma crescente logo na primeira hora que você quer avançar sem parar e o cenário de Dogtown é assustador, ditatorial e nem a polícia é permitida lá dentro. Aliás, se você tentar entrar em Dogtown com um carro de polícia, eles nem abrem o portão e deixam uma mensagem deveras agressiva.

Há tantos ganchos, arcos e reviravoltas na história que TAMBÉM possui finais diferentes. Uma história que questiona a sua moral e ética constantemente, dentro de um bairro brutal e cheio de testosterona.

É imperdível o avanço desse DLC. Foram 30 horas para conclusão do DLC. Assim, coloco Cybepunk 2077: Phantom Liberty nos meus top 5 de jogos com narrativas que colam nossos olhos, ouvidos e dedos no PC.

As missões secundárias

As missões secundárias não deixam a desejar. Missões que te dão sempre opções de resultado. Entrar na porrada ou furtivo? Resolver a favor do contratante, enganá-lo ou escolher um meio termo? Será que resolver do jeito A dará benefícios e do jeito B?

Portanto, não espere missões que é só ir, resolver e voltar, as missões secundárias podem ser longas ou curtas, mas todas deixam a sua marca. Ainda mais se você gostar de histórias.

Para Mestres de RPG de Cyberpunk 2020 e RED, esse é um prato cheio de inspirações e decisões.

Veículos ganham foco na história

Com o novo DLC e a chegando a versão 2.0 de Cyberpunk 2077, os veículos ganharam presença. O que antes eram só veículos de ir e vir, agora eles participam da história com missões para eles. Assim, dando um gosto maior de GTA (Grand Theft Auto) para o jogo. Há missões para veículos, novos modos de combates, veículos armados com metralhadoras e mísseis, dano em lataria, passageiro e rodas, além de novos carros… claro!

El Captain, traz missões com roubo de veículos que podem ter contagem regressiva para entrega, impecabilidade na condição de entrega e, é claro, combates até o destino.

Por fim, a história está bem cheia, rica e cheia de “pegadinhas”. Além de ter um potencial de escolha absurdo.

O único ponto ruim…

Assim como muitos jogos a escolha de certas opções no diálogo não mudam em nada. Conto na mão os diálogos que teriam alguma diferença no resultado da história. Apenas os pontos cruciais como atacar ou ceder a vontade da outra pessoa.

Idris Elba como Solomon Reed e NPCs

Para fechar o gancho de história e imersão, posso dizer que ter Reed interpretado por Idris Elba é sensacional. É legal ver mais um ator famoso no jogo, pois temos Keanu Reeves como Johnny Silverhand. Idris Elba traz o estilão dele para o jogo e traz imersão interpretativa. É legal demais vê-lo atuando como Reed.

Porém, não é só Reed que te cativa. Os outros NPCs da história principal também te envolvem e a narrativa é tão bem criada que você até quer ser verdadeiramente amigo deles (assustador esse comentário!). Além disso, até os vilões fazem você gostar deles pela sua construção, mentalidade e comportamento.

Johnny Silverhand ficou bobo

A pior parte desta história e que não fez diferença nenhuma foi Johnny Silverhand, Keanu Reeves. O fodástico roqueiro virou um bunda-mole. Decisões bobas, do nada começou a abrir o coração e revelar coisas de seu passado. Inútil, totalmente inútil para a narrativa. Fez diferença nenhuma na história e ainda tirou aquele ar de badass do Johnny. O cara que invadiu e explodiu o prédio da Arasaka com medo de uma coisa aqui e outra ali. Em primeiro lugar, é Cyberpunk, não tem local seguro nesta cidade e vida. Segundo, é Johnny Silverhand, a máquina de tomar péssimas decisões e conquistar o inalcançável.

Fiquei bem decepcionado e ignorei totalmente sua atuação durante o DLC de Phantom Liberty.

Nova jogabilidade de Cyberpunk 2077

Pequenas mudanças trouxeram uma nova experiência e jogabilidade. Antes de falar da principal que é a árvore de habilidades, quero falar da polícia. Os desenvolvedores alteraram e recalibraram o sistema policial. Agora TEM polícia por Night City e ela vai atrás! Errou, matou, bateu o carro demais e causou, hackeou quem não devia? A polícia te encontra e vem atrás e o nível de dificuldade vai subindo como no GTA. Juro que teve uma perseguição que tive que ir pro deserto para fugir, pois estava muito intenso.

Agora, aquela sensação que a gente tinha de sair impune, não existe mais. Você até dirige com mais cuidado e não sai atropelando a galera a torto e direita. Além disso, ajuda a polícia é legal, mas ei… quem é você para atirar? E tome bala você também!

Além da polícia e dos carros, Cyberpunk 2077 também ganhou novas armas. Algumas muito interessantes e outras que você só pega em missões secundárias.

A árvore de habilidades

A árvore de habilidades de Cyberpunk 2077: Phantom Liberty foi inteira redesenhada. Tanto que ao começar o jogo com save antigo, você terá que reescolher tudo! Ela abre de uma forma diferente e muda os benefícios. Além disso, agora a árvore só deixa você colocar pontos de acordo com o seu atributo. Antes era livre, agora é contadinho. A cada cinco níveis de atributo, liberam mais “perícias” por assim dizer.

Dessa forma, seu personagem vai precisar ganhar mais pontos para ir se transformando no tipo que você quer ser. Porém, o mais legal é que não para por aí. O combo do seu personagem é a mistura de Atributos, Perícias, Implantes e Vantagens.

Atributos e Perícias, você coloca os pontos quando sobe de nível ou ganha nas vantagens. As vantagens você ganha por fazer muito daquilo. Por exemplo, se você hackear muito, você vai ganhando XP de Trilha-Redes, se matar muito ganha XP na vantagem Matador e assim por diante. Além disso, você ainda tem os implantes, que esses dão um show na sua experiência do jogo. Eles decidem se ao apertar espaço duas vezes você dá salto duplo ou se segurar e soltar, você dá um único mega salto.

Os implantes também foram revistos e agora tem limite para implantar. Pois no RPG original, o Cyberpunk 2020, se seu corpo não tem condições de suportar a carga de cibernéticos, você surta e tem a famosa ciberpsicose. Além disso, você também pode fazer melhoria nos implantes agora.

Eu como um trilha-redes furtivo, investi nos hacks e em bons implantes para chegar de fininho e até ser uma máquina de combate se necessário.

Gosto de quero mais…

Por fim, o DLC de Cyberpunk 2077: Phantom Liberty encerra deixando um sabor de quero mais e com ganchos abertos para uma continuação. Será que vêm um segundo DLC? Para quem já jogou, será que poderemos jogar um DLC sendo Aguillar? O jogo deixa alguns ganchos abertos e oportunidades para a gente desejar mais conteúdo de Cyberpunk. Seja na original Night City ou em outra cidade que a CD Projekt RED e Mike Pondsmith quiserem nos levar.

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