Entrevistamos Ben Giles, o autor de Vermilium
Vermilium, o cenário mais enlouquecedor de Savage Worlds chegará ao Brasil. Trazido pela Escafandro Editora, Vermilium contará com a qualidade esperada da nova editora. Com a tradução de Diogo Arakis, o mestre das palavras e adaptador de culturas, e com o olhar detalhista, enérgico e criativo de Victor Guimo, ambos responsáveis por grandes projetos.
Em Vermilium, você não encontrará heróis imaculados em busca da glória. Aqui, você será um dos anti-heróis, errantes, foras-da-lei e renegados, aqueles que não temem trilhar a tênue linha que separa o bem do mal. Dessa forma, te convido a imaginar-se em um mundo decadente, corrompido por uma substância misteriosa e poderosa chamada Vermilium, capaz de conceder poderes inimagináveis, mas também de levar à loucura e à mutação. Um mundo onde a magia existe, mas é perigosa e imprevisível, e onde monstros ancestrais espreitam nas sombras, aguardando o momento certo para atacar.
Neste cenário único, a inspiração nas Américas é evidente, misturando elementos de fantasia sombria e heroica, aventura pulp, weird western, steampunk e terror. Prepare-se para explorar paisagens sobrenaturais, ruínas industriais e desertos assombrados, enquanto caça feras lendárias, enfrenta cultos sinistros e desvenda os segredos obscuros de Vermilium.

Conhecendo Vermilium com Ben Giles
E para começar essa jornada sombria e te deixar a par do universo de Vermilium, conseguimos uma entrevista nada mais, nada menos do que com o criador desse universo fascinante: Ben Giles. Essa conversa só foi possível graças ao acesso da Escafandro Editora — obrigado Victor e Diogo!
Primeiramente fale um pouco sobre você – qual é o seu histórico e como você começou a jogar RPGs?
Ben Giles: Quando criança, eu cresci cercado por jogos. Meu pai me apresentou Doom II quando ele foi lançado, eu devia ter uns 5 anos. Desde então, sou um gamer. Costumávamos ter noites de jogos de tabuleiro em família, e meus amigos e eu juntávamos dinheiro do lanche para comprar Warhammer.
Eu sabia que queria trabalhar com design de jogos de alguma forma, então, quando realmente descobri os RPGs no início dos meus 20 anos, fiquei fisgado.
O que te inspirou a criar Vermilium? Quais foram suas influências?
Giles: Depois de procurar um pouco de motivação online, encontrei o livro original de Deadlands, com um prefácio do Bruce Campbell (protagonista da série Evil Dead) logo na primeira página. Eu nunca tinha ouvido falar do jogo, mas sabia que tinha que ser bom! A escrita irreverente, a diagramação única, as regras diferenciadas e o mundo estranho alimentaram minha imaginação como nada antes. Isso se tornou uma grande inspiração para mim e, por consequência, foi assim que conheci Savage Worlds, que virou meu sistema de RPG favorito na última década.
Queria criar um mundo que combinasse duas das minhas grandes referências: O Senhor dos Anéis e Três Homens em Conflito. Pegando inspirações da história e mitologia americana (antiga e moderna), ele precisava ter civilizações perdidas, nações invasoras, caça e coleta, sobrevivência, monstros e a exploração do desconhecido. O conceito do anti-herói veio mais tarde, depois que apresentei Vermilium aos meus jogadores.
Minhas influências são bem variadas, mas o mundo do jogo nasceu de uma mistura de tudo isso, somado a filmes como Avatar (James Cameron), Indiana Jones e Homem Morto; séries como Carnival Row, Game of Thrones e Critical Role; e jogos como Blood, Gun, Skyrim e Fallout.
Na sua opinião, o que torna esse cenário único em comparação com outros de Savage Worlds?
Giles: Vermilium é um mundo completamente detalhado, vivido e moldado por jogadores, e espero que isso transpareça. Sua mitologia foi criada do zero e se desenvolveu diretamente na mesa de jogo.
Ele combina elementos de fantasia sombria e heroica, aventura pulp, weird western, steampunk e terror, dando aos jogadores uma variedade de opções para escolher o tipo de jogo que querem jogar.
Diferente de muitos cenários de Savage Worlds, os jogadores não necessariamente encarnam heróis. Eles representam o submundo, os errantes, os fora-da-lei e renegados que não têm medo de caminhar na linha tênue entre o bem e o mal. Isso abre muitas possibilidades para os tipos de campanhas que podem ser jogadas nas Auroras.
Na sua opinião por que as pessoas deveriam jogar Vermilium?
Giles: As pessoas deveriam jogar Vermilium se quiserem explorar um mundo único, rico e vibrante que traz uma nova perspectiva ao gênero da fantasia, inspirado nas Américas.
Imagine interpretar um caçador de recompensas sasquatch, rastreando um fora-da-lei lobisomem por um deserto infestado de jackalopes ferozes; um duelo ao pôr do sol, puxando seu seis-tiros contra um barão vampírico ou um besteiro mecanoide que quer roubar seu vermilium; ou um guerreiro élfico, tentando recuperar sua terra natal de soldados imperiais que estão construindo uma ferrovia em seu território, determinados a conquistar o Novo Mundo.
Os jogadores poderão explorar paisagens sobrenaturais e ruínas industriais, caçar feras lendárias como wendigos, aves-do-terror e serpentes aladas, coletar seus componentes e fabricar artefatos bizarros para suas próximas aventuras.
Vermilium tem muito conteúdo e atualizações frequentes. Há novidades vindo por aí?
Giles: Sim! O segundo módulo de aventura, The Sick and the Dead, será lançado em breve. Ele leva os anti-heróis aos pântanos corrompidos em busca da cura para uma doença maligna que assola a cidade isolada de Água Desolada. Essa história de fantasia sombria, com toques de gótico sulista, também virá com sete Contos Selvagens e apresentará um novo Antecedente Arcano: o Portador da Peste!
Depois disso, tenho planos para lançar vários módulos de aventura explorando as diferentes regiões e temas de Vermilium. Também estou trabalhando em uma nova série de suplementos de Linhagens, que expandirão as linhagens jogáveis do cenário, explorando suas culturas, novas Vantagens e Complicações, artefatos personalizados e os anti-heróis ainda mais infames.
Vermilium, um promissor jogo de Savage Worlds
Imagino que ao ler essa entrevista com o autor, você também deva sentir a empolgação em jogar Savage Worlds. Como disse em entrevista com a Diogo e Victor da Escafandro Editora, Vermilium abriu minha vontade de conhecer Savage Worlds. Mas por quê? Por que o cenário de Vermilium, suas possibilidades, suas linhagens e ser um anti-herói nesse mundo é muito atraente. E, como diz a editora, nada se encaixou tão bem em Savage Worlds como Vermilum.
Eu estou ansioso para testar e conhecer mais desse jogo e você?
O financiamento coletivo de Vermilium
Vermilium será o primeiro financiamento coletivo da Escafandro Editora, mas isso não significa amadorismo. Diogo e Victor assinam diversos projetos inclusive o desafiador Mörk Borg, que chegou tão perfeito e lindo, como o original sueco, Fallout e muitos outros.
Para ajudar esse projeto a ser realidade no Brasil e ajudar a Escafandro Editora dar o ponta pé inicial. Seu apoio é imprescindível. Por isso, você precisa acessar o financiamento coletivo e investir seus reais em um produto excelente como o Vermilium.
Acesse o financiamento coletivo de Vermilium, clicando aqui.
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