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Os 5 lançamentos da Editora Caleidoscópio no DOFF 2024

A Editora Caleidoscópio surpreende a cada ano e o Diversão Offline é um lugar que a gente observa as movimentações do mercado. Ainda na Indie Alley, a Editora Caleidoscópio trouxe 4 RPGs novos e o Ducado Verona para apresentar para o público. Rolou mesas mestradas pelos próprios autores, bate-papos e muito mais. Aliás, foi sensacional o profissionalismo da galera que ficou ali em prontidão para apresentar seus projetos para os visitantes (e para nós!).

Inclusive conseguimos pegar todo mundo e gravar uma entrevista show, assista abaixo:

Os planos da Editora Caleidoscópio

Arthur Andrade e Ramon Moure, os responsáveis pela editora nacional que nasceu graças ao sucesso de sua criação o As Chaves da Torre RPG e do seu suplemento Dossiê das Singularidades. Com isso, eles abrem a porta do Realismo Mágico, mas não param por aí.

Com a vontade de trazer RPGs diferentes, com mecânicas inteligentes e únicas, e cenários distintos, eles se aliam a autores que trazem ideias que combinam perfeitamente com o conceito da empresa. Como o Ramon diz, tem que girar o caleidoscópio para ter novas perspectivas. E o que é o RPG? Uma maneira de termos perspectivas diferentes sobre diversos assuntos. Por exemplo, no RPG de Douglas Mota, podemos vivenciar o mundo de heróis e salvadores, dentro da nossa própria realidade. A vida de bombeiros, policiais e outras pessoas que sacrificam a própria pele pelo bem de todos. Assim será A Era do Sacrifício.

Já vou abordar os RPGs, mas quero que você tenha essa visão da Editora e seu conceito. Gire o Caleidoscópio, experimente coisas novas e se jogue em aventuras de gelo, porradaria, salvação, cyberpunk e fantasia.

Os 5 Lançamentos da Editora

A Editora Caleidoscópio traz 4 + 1 promessas de lançamento. São 4 jogos em desenvolvimento de jogo, já em fase de testes, e o Ducado Verona que já foi lançado e financiado. Esses jogos são todos de autores com perfis diferentes, cada um com sua assinatura singular. Por exemplo, a Tália traz para o seu jogo todo seu passado de artes marciais e filmes do Bruce Lee para um RPG focado em porradaria. Calma que vou te explicar depois, ou assista a entrevista acima.

Então vamos falar desses RPGs, nesta ordem, mas essa não é a ordem de lançamento, ok. Ainda não temos datas de nada.

Ducado Verona

Bora falar do já lançado Ducado Verona!

Ducado Verona convida os jogadores a mergulharem em um mundo medieval repleto de encantos, segredos e magia. Situado na Terra do Verão, o jogo oferece uma experiência imersiva onde a fantasia é parte integrante da vida cotidiana. Dessa forma, os jogadores são convidados a explorar as estradas antigas e vielas sinuosas do Ducado Verona. Assim, descobrindo segredos há muito esquecidos e testemunhando a batalha pelo poder entre a Igreja do Dragão e a corte nobre. A ambientação rica e detalhada, com castelos majestosos, palácios imponentes e florestas enigmáticas, proporciona um cenário perfeito para aventuras épicas e intrigas políticas. Falei bonito, não?

Na minha opinião, o jogo se destaca por suas regras dinâmicas e de fácil acesso, tornando-o uma excelente opção tanto para iniciantes quanto para veteranos. Pois, com o auxílio de dezenas de tabelas, os jogadores podem criar personagens, adversários, lugares e eventos, proporcionando uma experiência de jogo única e personalizada. Além disso, as mecânicas de saúde, fome e sono adicionam uma camada de realismo e desafio, onde a sobrevivência é tão importante quanto a conquista de ouro e glória. A possibilidade de jogar sozinho ou em grupo, com ou sem um narrador, amplia ainda mais a acessibilidade e a flexibilidade do jogo.

P.J. Acácio, o Ratoruja, traz sua vasta experiência como autor de jogos como Soul Tail e Velhas Histórias ao Redor dos Vaga-lumes para este novo projeto, garantindo uma narrativa envolvente e bem estruturada. Assim, com um livro bem produzido (e até detalhes folhado a ouro), este RPG promete explorar a imaginação dos jogadores, oferecendo uma experiência rica num mundo de fantasia bem criativo.

Dica: acesse o Ducado Verona ou siga o autor Ratoruja.

Ma Bu

Ma Bu: Cães d’O Porto, oferece uma experiência única que combina artes marciais e um forte senso de comunidade. O jogo, descrito pela autora como um sistema focado em “porradaria e comunidade“, coloca os jogadores na pele de personagens conhecidos como “cães”, que vivem uma vida dupla como justiceiros. Assim, inspirado pela paixão da Tália pelas artes marciais e pelo cinema de Hong Kong, Ma Bu é mais do que um RPG, é uma carta de amor a esse universo, trazendo uma abordagem autêntica e visceral às lutas e à vida comunitária.

O sistema de jogo utiliza d10 e se baseia em acertos para determinar o sucesso das ações dos personagens. Cada zona do corpo é utilizada de maneira estratégica, seja para pensar em um plano ou para desferir um golpe. Assim, a mecânica é direta e brutal: socos e chutes causam danos específicos, e os personagens têm uma quantidade limitada de pontos de vida, aqui em Ma Bu será chamado de estrutura. A atmosfera do jogo é intensa e implacável, com os jogadores frequentemente enfrentando grandes desafios e retornando ao seu refúgio apenas para planejar a próxima batalha. Outro ponto importante é a simplicidade das regras que permite que os jogadores se concentrem na narrativa e na ação, criando uma experiência de jogo dinâmica.

Além das lutas, Ma Bu enfatiza a importância da comunidade e das relações interpessoais. Dessa forma, os personagens estão profundamente enraizados na trama social do Porto, um lugar descrito com riqueza de detalhes sensoriais que evocam uma cidade estagnada e decadente. A autora brinca que é tipo uma Hong Kong com Belo Horizonte parada no tempo. Dessa forma, a narrativa exige que os jogadores explorem as motivações e os vínculos de seus personagens, perguntando-se o que os faz lutar e por quem eles lutam. Assim, essa dualidade entre a ação física e o drama emocional torna Ma Bu um RPG onde não há porrada sem drama e não há drama sem pessoas.

Dica: siga a autora Tália Utsch e o Ma Bu RPG enquanto espera o lançamento.

A Era do Sacrifício

A Era do Sacrifício é o mais novo RPG de mesa de Douglas Mota. Esse jogo promete uma experiência imersiva e desafiadora que vai além dos tradicionais jogos de fantasia e combate. Situado no mundo real e contemporâneo, o jogo coloca os jogadores na pele de heróis do cotidiano, como médicos, bombeiros e engenheiros, que enfrentam desastres naturais, epidemias e crises humanitárias. Assim, a proposta é criar personagens que se destacam não pela força física ou habilidades de combate, mas pela competência, motivação e capacidade de tomar decisões críticas em momentos de alta pressão. Este enfoque inovador desafia as noções convencionais de heroísmo, oferecendo uma reflexão profunda sobre o verdadeiro significado de ser um herói.

Conhecido por seu trabalho em Legacy: Vida Entre as Ruínas e outros suplementos de RPG, Douglas Mota traz sua expertise em resposta a emergências e gestão de desastres para este projeto, garantindo uma abordagem realista e fundamentada. Dessa forma, A Era do Sacrifício promete sessões de jogo intensas, repletas de adrenalina e momentos de grandeza, onde as escolhas dos jogadores podem determinar o destino de milhares. Com uma narrativa que valoriza o sacrifício e a dedicação dos heróis anônimos que trabalham incansavelmente para salvar vidas, este RPG oferece uma experiência única e emocionante, convidando os jogadores a se tornarem os heróis que o mundo tanto precisa. Promissor, não acha?

Dica: siga o autor Douglas Mota enquanto espera o lançamento.

Feito com a IA Midjourney para ilustrar essa sessão.

Colônia RPG

Colônia é o novo RPG de Enzo Gazotto que oferece uma visão cyberpunk única e profundamente enraizada na história e cultura brasileiras. Enzo, traz um cenário ambientado em um futuro distópico, no qual o jogo transporta os jogadores para um Brasil subterrâneo, onde a nação foi forçada a se exilar devido a um governo autoritário. Dessa forma, este cenário serve como uma alegoria crítica para diversos momentos históricos do país, reimaginando os problemas do passado em um contexto futurista. O mais interessante é que a narrativa de Colônia explora temas como desigualdade, opressão e resistência, proporcionando uma reflexão sobre as cicatrizes deixadas na sociedade brasileira e como elas podem ser superadas.

Os jogadores de Colônia assumirão o papel de personagens que não pertencem à elite ou ao sistema opressor, mas sim àqueles que lutam para sobreviver em uma nação desigual. Equipados com recursos escassos e tecnologia defasada, repleta de gambiarras, os protagonistas enfrentam uma realidade brutal onde cada dia é uma luta pela sobrevivência. A mecânica promete enfatizar a criatividade e a resiliência dos personagens, que devem encontrar maneiras de superar os desafios impostos pelo sistema opressor.

Particularmente, o conceito de cyberpunk e pós apocalíptico são meus temas favoritos e aqui Enzo Gazotto me deixa curioso para conhecer essa Brasil subterrânea. Minhas expectativas estão altas e não vejo a hora de jogar o play test.

Dica: siga o autor Enzo Gazotto enquanto espera o lançamento.

Arte feita com a IA Midjourney para ilustrar o conceito (e o frio!)

A Neve Sobre Nós

A Neve sobre Nós, o mais novo RPG de Luíza “Luluzinha” Ferreira que oferece uma experiência imersiva e introspectiva em um mundo pós-apocalíptico glacial. Ambientado em um cenário frostpunk, o jogo coloca os jogadores na pele de sobreviventes que documentam suas expedições em um diário, tentando entender e sobreviver ao mundo transformado pela Nevasca que chegou há dez anos. A narrativa é centrada na luta pela sobrevivência e na busca por esperança em meio ao caos, com os personagens enfrentando desafios diários como a escassez de recursos, doenças e a necessidade de manter a comunidade unida. É um jogo que trabalha a ansiedade, o medo e o desespero da falta de recursos, do desconhecido e da possível falta de preparação. Assim, uma comida ou calor a menos, pode resultar na morte de todos — e muito rápido. Chega a ser desesperador!

O sistema de jogo utiliza d6 e é estruturado para enfatizar a melancolia e a dureza da vida após o apocalipse glacial. As regras de viagem interagem com o mapa do mundo (será um mapa hex), levando em consideração a ambientação hostil e os perigos que os personagens encontram pelo caminho. A criação de personagens é altamente personalizável, permitindo que os jogadores explorem as profundezas emocionais. Além disso, como mencionei antes, o gerenciamento de recursos é um aspecto crucial do jogo, exigindo que os jogadores desenvolvam estratégias para lidar com os obstáculos que surgem.

A salvação é o diário, um dos pilares principais deste RPG. Ele serve como o único registro concreto do mundo exterior e é fundamental para a narrativa, influenciando as decisões e o destino da comunidade. O diário seriam os últimos registros da humanidade sobre o que há em volta de Nova Lima, a cidade do jogo. Que pode ser lido e deve ser escrito pelos jogadores. Assim, se sobreviverem, próximas equipes de exploração podem ser bem-sucedidas.

Luluzinha afirma que A Neve sobre Nós é mais do que um simples jogo. Ela aponta como uma reflexão sobre a resiliência humana e a importância da esperança em tempos de desespero.

Dica: siga a autora Luíza “Luluzinha” Ferreira enquanto espera o lançamento de A Neve Sobre Nós.

Como esperar por esses jogos?

Se você curtiu os jogos e as temáticas, siga os autores e a Editora Caleidoscópio. Além disso, siga a Nuckturp em nossas redes sociais, pois já estamos planejando one-shots, entrevistas e é claro que vamos divulgar o lançamento desses jogos de RPG.

Estou ansioso para descobrir mais sobre os cenários e mecânicas de cada um. Quem sabe não temos acesso antecipado e conseguimos dar alguns Spoilers para vocês?