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W – Uma história e dois mundos

E se eu te falasse que você está vivendo em um universo paralelo ou uma realidade alternativa? Como você se sentiria? Bom, se assistiu Matrix, O Rei Eterno ou Alice In Borderland, já tem uma ideia do que estou falando. W Two Worlds é uma série coreana que aborda brilhantemente esse tema. Porque ela nos conta uma história, porém, sob a ótica de dois mundos completamente diferentes.

Para quem acompanha doramas, já está acostumado. Eles simplesmente adoram falar de outras dimensões, mundos paralelos ou viagens no tempo. Aliás, falando em viagem no tempo, abro um parênteses bem grande para afirmar que neste quesito, Mr. Queen não tem igual!

Particularmente, eu adoro tudo isso. Histórias que nos deixam intrigados, justamente pelo fato de não conseguir deduzir o final, ou seja, não são nem um pouco lógicas! Pelo menos não para a nossa realidade…

A história de W two Worlds

Oh Yeon Joo (Han Hyo-Joo), é uma médica, filha do famoso cartunista criador do manhwa W, um webtoom que tem uma legião de fãs espalhados pelo país. Até aí tudo bem, até a história nos apresentar Kang Cheol (Lee Jong Suk), um empreendedor milionário, medalhista olímpico de tiro ao alvo. Então percebemos que estamos diante de um quebra-cabeças.

Contextualizando melhor, Kang Chul teve sua família inteira assassinada por uma arma, a sua! Logo, ele se torna o principal suspeito do crime, e vive na busca pelo assassino. Durante o percurso ele sofre vários ataques, e, em um atentado específico, começa então uma louca e intrigante transição entre os dois mundos, de Oh Yeon Joo e Kang Chul.

Cada episódio termina com uma verdadeira angústia interna, fazendo você ansiar pelo próximo, na tentativa de desvendar a trama. Mas, tenho que confessar, que os asiáticos são muito bons nisso! Porque a história é realmente muito boa, você literalmente viaja entre as duas realidades.

O ponto chave da história se dá quando Oh Yeon Joo, conta para Kang Chul, que ele é o personagem principal do manhwa W! Será que sua vida não passa de uma animação? Então nada do que ele vivenciou é real? A partir deste momento, depois desta bombástica revelação, além da busca pelo assassino da sua família, Kang Chul parte para mais uma, a busca pelo seu criador, porque ele quer desvendar o motivo da sua existência.

Momento reflexão

Universo paralelo ou uma realidade alternativa seria “uma realidade auto-contida em separado coexistindo com a nossa própria. Esta realidade em separado pode variar em tamanho de uma pequena região geográfica até um novo e completo universo, ou vários universos formando um multiverso.” What???

Complexo, não?

Eu diria que tudo é uma questão de ponto de vista, pois a série me fez refletir muito a cada episódio! Vivenciando a realidade de Kang Chul, suas emoções, laços, a sua verdade e seu livre arbítrio (sim, ele teve poder de escolha), cheguei a conclusão de que o cartunista era “Deus” para ele. Então, na minha opinião, aí está toda a reflexão que a série quer nos trazer! O que é real, e para quem? Você alguma vez questionou o motivo da sua existência?

Talvez sejamos todos como Kang Chul, neste mundo/dimensão criados ao bel prazer de algo muito maior do que nós, ou não, somos nós, e, apenas nós, os protagonistas da nossa história e únicos responsáveis pelo nosso destino?

Semente da dúvida plantada com sucesso… Te desejo uma ótima viagem, ooops, uma ótima série!